De pais para filhos

pexels-photo-266011.jpegA família tem papel essencial na consulta pediátrica: é pelo olhar de seus pais que o pediatra conhece parte do universo da criança. Por outro lado, a observação do seu comportamento durante a consulta é de extrema importância para auxiliar os pais na interpretação de seus gestos e posturas antes da fala espontânea surgir para os pequenos. Falar pelo bebê é uma forma de lhe dar voz.

Cada criança tem seu tempo para aprender, assim como cada família também precisa de tempo e de compreensão. Assim, o pediatra deve auxiliar os pais para que eles sejam ativos e sensíveis para atuar junto à criança. Juntos, eles podem incentivar e analisar cada etapa de desenvolvimento, apoiando para criação de um ambiente que estimule as potencialidades de seu filho.

Estabelecer hábitos e rotinas saudáveis é fundamental para o aprendizado. Para tal, é importante que os pais estejam alinhados em sua fala com seu filho, na forma que irão educá-lo. É a mudança de postura dos pais que muda a postura da criança.

Um Pediatra Homeopata é ideal para você?

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Importante saber que esse é um profissional que pode exercer as duas funções: fazer o seguimento de Puericultura e o acompanhamento homeopático em conjunto. Mas também pode fazer o acompanhamento homeopático isoladamente, tendo a criança outro Pediatria de referência para Puericultura.

As consultas costumam ser mais longas, pois além do tempo necessário para saber sobre o histórico da criança, é preciso de tempo para responder as perguntas relacionadas à Homeopatia.

A terapêutica de primeira escolha será a homeopática, o que requer um entendimento sobre a forma de administração dos remédios e sua frequência de doses, que em determinadas situações como, por exemplo, uma doença aguda – resfriado, febre, diarreia – são usados muitas vezes ao dia. Com o passar do tempo as famílias se habituam à dinâmica e aprendem a entender como seu filho funciona nos processos de adoecimento, quando podem ser pacientes com determinados sintomas e quando precisam atuar mais rápido. É fundamental ter um profissional acessível nesse caso.

Quando necessário a Alopatia é bem vinda, mas geralmente de uma forma racional e pontual.

Tabus: você precisa falar deles com seu pediatra

2504Ao longo da minha carreira, percebi que há uma série de temas que os pais têm mais dificuldade de falar com o pediatra. Alguns por fazerem vista grossa aos problemas para tentar proteger seus filhos ou familiares, outros pelo receio de serem julgados ou malvistos.

Na Pediatria, não deve existir esse tipo de julgamento. A abertura para falar dos temas mais variados é de extrema importância para a criança.  Os temas tratados nas consultas são confidenciais.

Veja alguns temas considerados tabus pelos pais:

O que vai além da rotina da criança – Por exemplo, as angústias da família sobre a criação de seu filho. Pais, mães e outros parentes próximos têm receios próprios sobre os cuidados e a educação dos filhos. Muitas vezes falar sobre a criança significa falar sobre a família, entender sua dinâmica e suas vulnerabilidades. Essa visão da compreensão da família é essencial na consulta pediátrica e todos os temas referentes a esse contexto devem sim ser tratados com o Pediatra.

Dinâmica familiar – Muitas vezes os pais entendem que estão passando pouco tempo com seus filhos. Na sociedade em que vivemos, o trabalho e outras tarefas nos tomam bastante do tempo que gostaríamos de passar com as crianças e os cuidados logo cedo são compartilhados com a escola, cuidadores ou parentes. Pode vir uma sensação de culpa pelo distanciamento ou por às vezes não saber detalhes da rotina da criança. Essa é uma situação normal e que deve ser abertamente falada. Nem sempre a família vai ter todas as respostas. É possível dividir os cuidados e se fazer presente, estar atento ao comportamento do seu filho e da relação que estabelece com quem cuida dele, o qual deve estar alinhado com os valores e princípios da família.

– Percepção de um atraso no desenvolvimento da criança – Esse tema é um tabu frequente dos pais e quanto mais os pais se negarem a ver e falar desse tema, mais prejudicial pode ser à criança. É preciso também lembrar que cada sociedade, com sua cultura, crenças, ideologias, tem expectativas diferentes para a criança. Expectativas essas modificadas ao logo do tempo e de acordo com cada microuniverso familiar. Ou seja, apesar de haver um padrão de desenvolvimento esperado, que o pediatra deve acompanhar e analisar, cada indivíduo passa por essa fase de maneira diferente.

Limites e rotinas adequadas – Muitas são as dúvidas dos pais sobre o tempo certo para comer, dormir, tempo de tela (uso de aparelhos eletrônicos), entre outras tarefas diárias. Esses tempos devem ser debatidos com o Pediatra, que pode orientá-los de acordo com as expectativas e rotinas de cada família. Também cabe ao profissional essa troca sincera de informação para que possa analisar em que pontos a saúde da criança pode estar sendo afetada por essas rotinas e limites.

Homeopatia: um remédio para tratar a causa

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Olhar de maneira mais ampla sobre o indivíduo, olhar a saúde a não a doença. Essas são as premissas da Homeopatia, criada pelo médico alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann no final do século XVIII.

Para uma prescrição homeopática adequada é preciso entender como o paciente é e como ele se sente. O diagnóstico clínico, apesar de essencial, não é suficiente para o entendimento do caso. Sintomas e sensações, alterações de sono, apetite, hábito intestinal, ciclo menstrual, podem preceder o aparecimento de uma doença em um determinado órgão. Para Homeopatia, somos um ser único, uma engrenagem que para funcionar bem, todas as suas peças devem estar em equilíbrio.

O tratamento homeopático envolve também o autoconhecimento e a continuidade dos cuidados com a saúde. O remédio vai de encontro com as características do paciente – seu biotipo, como se comporta, como são suas funções orgânicas e quais os sintomas que lhe incomodam. Portanto trata da pessoa e não da doença, da causa e não da consequência. Entender o motivo do adoecimento é fundamental.

A Homeopatia se aplica a todas as idades. Pode atuar como terapêutica única ou em associação com o tratamento alopático ou com outras terapêuticas complementares como florais e acupuntura.

O acompanhamento de gestantes durante o pré-natal pode auxiliar nos sintomas do primeiro trimestre como enjoo e cansaço, por exemplo. Assim como ajudar a contextualizar a vinda do bebê, as mudanças do corpo e dos hábitos e do estilo de vida que estão por vir.

Para crianças, as queixas mais comuns do consultório são infecções respiratórias recorrentes, uso frequente de antibióticos e anti-inflamatórios hormonais e quadros alérgicos como rinites, dermatites e asma, além de alterações de sono e apetite.

Para o público em geral, a homeopatia é muito procurada para tratar de quadros alérgicos, para aqueles que buscam uma vida mais saudável e equilibrada e para redução na ingestão de remédios alopáticos. Ela atua em prol da saúde, com respeito ao corpo e aos sintomas que ele apresenta, e traz autoconhecimento ao incentivar a descrição detalhada dos sintomas e a percepção do funcionamento do corpo e da mente.

Primeira infância: há uma idade certa para tudo?

2458.jpg“Ele tem 1 ano, já deveria andar? Ela tem 2 anos, já pode se alimentar sozinha? Ele não fala tanto quanto os colegas da escola, isso é normal?”

Há uma série de inquietações que as famílias nutrem durante toda a infância. Essa inquietação é bastante normal e as famílias devem desconfiar quando ouvirem respostas prontas sobre uma idade certa para cada etapa.

Esse é um momento de intensas descobertas e desafios, de amadurecimento físico, emocional e social. Através da maneira em que o mundo lhe é apresentado, a criança desenvolve suas potencialidades. Pais, familiares, amigos, profissionais da saúde, educadores, no âmbito individual e coletivo, são responsáveis em proporcionar o ambiente propício para que esse processo evolutivo ocorra da melhor maneira possível, apesar das adversidades apontadas no caminho.

Cada sociedade, com sua cultura, crenças, ideologias, tem expectativas diferentes para a criança. Expectativas essas modificadas ao logo do tempo e de acordo com cada microuniverso familiar. Ou seja, apesar de haver um padrão de desenvolvimento esperado, que o pediatra deve acompanhar e analisar, cada indivíduo passa por essa fase de maneira diferente, não cabem comparações.

Atuar neste momento de vida é uma janela de oportunidade. É preciso vigiar as etapas do desenvolvimento com olhos atentos. Isso porque, embora haja uma faixa etária padrão para cada fase de desenvolvimento, o pediatra precisa entender as demandas de cada criança e seu entorno. Só assim poderá orientar as famílias durante esse processo tão transformador que é a criação de um filho.

Entre em contato para mais informações: secretaria.dranatalia@gmail.com ou (11) 5521-4315.